quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Carterização Económica e Social

A actividade económica de Esposende apresenta-se bastante diversificada. Apesar da grande importância do sector primário, principalmente da agricultura, da agro-pecuária e em parte da pesca, observa-se uma dinâmica importante nos sectores secundário e terciário, como se pode constatar pela análise do gráfico.
Relativamente, aos sectores de actividade verificamos que a população empregada se encontra afecta em 8,2% ao sector primário (agricultura e pesca), 52,9% ao sector secundário (industria e construção) e 39% no sector terciário (comércio, turismo e outros serviços).
O concelho de Esposende é ainda muito dependente da indústria, apesar de nos últimos anos esta situação se ter modificado, devido ao encerramento de muitas indústrias, principalmente na área têxtil.
A indústria têxtil, a transformação de granitos e de madeiras, a metalomecânica e a construção civil, juntamente com o comércio e os serviços, constituem elementos fundamentais para o desenvolvimento económico do concelho. O turismo, assente nas características naturais, nomeadamente na sua orla marítima, é uma das fortes apostas de Esposende.
1.4.1 Actividade Económica

Tradicionalmente, a actividade económica do concelho assentava (hoje com menor relevo) numa agricultura de pequena dimensão, produtora de milho, vinho, batata e feijão e criadora de gado bovino. Em algumas freguesias a pesca era também essencial ao sustento das famílias, juntamente com a actividade da apanha do sargaço. O mesmo acontecia em termos de artesanato, onde se destacavam as tradicionais mantas de farrapos, os cestos de verga e trabalhos em linho.
Actualmente, o trabalho em granito é notável e bem visível em pequenas oficinas e exposições ao longo da estrada nacional 13, situação geográfica que facilita a conquista gradual de novos mercados. É uma actividade em expansão, que tenta retomar as tradições do trabalho na pedra, agora com novas perspectivas face ao aumento da procura.
O desenvolvimento industrial do concelho é um fenómeno recente e está, de certa forma, relacionado com a sua óptima localização em termos de acessibilidades. O melhoramento da rede viária, principalmente, no sentido Porto – Galiza, e a proximidade de um aeroporto internacional e de um porto de mar foram, certamente, factores preponderantes nesse desenvolvimento.
A repartição da população empregue pelos diferentes sectores de actividade económica indica, claramente, a actual predominância do sector secundário neste concelho.

Tanto a indústria, como a construção, apresentam valores de população empregue nestes sectores superiores à média nacional.
No que respeita à actividade agrícola, a par de uma agricultura tradicional coexiste uma outra, que aproveita as boas condições edafo-climáticas do concelho, ligada à produção hortícola, intensiva em mão-de-obra e noutros factores de produção, com ligações ao mercado mais estáveis mas, ainda, com deficiências na comercialização.
O emprego no comércio e no turismo apresenta valores inferiores aos nacionais. No entanto, prevê-se uma tendência para o desenvolvimento da actividade turística, relacionada com a procura das zonas marítimas o que, por sua vez, levará ao desenvolvimento, embora sazonal, do comércio.
É importante referir que não é possível elaborar uma estrutura das classes sociais, apenas identificar grupos socioprofissionais.

O gráfico mostra-nos a evolução da população residente no concelho de Esposende entre 1991 e 2001,verificando-se um aumento de 10,7% na população residente.
Em 1991 tínhamos 30101 milhares de habitantes e em 2001 tínhamos 33324 milhares de habitantes.
Verificamos que nível que o nível de instrução tem vindo a aumentar, apesar de não termos dados relativos ao ano de 1991 do ensino superior, mas em 2001 já existiam 353 homens e 450 mulheres no ensino superior.
Deparamo-nos com uma descida de população a nível do 1º ciclo de 1991 (nº de homens era de 4249 e o nº de mulheres de 3885) para 2001 ( o nº de homens era 3966 e o de mulheres 3752) o que não aconteceu em relação aos outros níveis de instrução (2º ciclo, 3º ciclo, secundário e superior) onde o numero de pessoas a atingir uma escolaridade mais alta aumentou.
Pode-se dizer que a população portuguesa está a atingir um nível de instrução cada vez mais elevado, situação esta, que poderá ser explicada pela exigência do mercado de trabalho, e também devido ao alargamento da escolaridade mínima obrigatória.
Relativamente ás taxas de mortalidade e natalidade, segundo dados provisórios de 2008 em comparação com 2001, estas têm vindo a diminuir.
Este decréscimo poderá ser explicado na natalidade devido ao aumento da taxa de desemprego, as pessoas casam cada vez mais tarde e querem um nível profissional elevado, deixando os projectos da família para mais tarde.
O decréscimo da mortalidade poderá dever-se ao avanço da medicina e a uma maior preocupação das pessoas com a saúde.
Comparando os dados de 1991 e 2001 relativamente ao índice de envelhecimento 41,5% em 1991 e 61,6% em 2001- vemos que em Esposende a população envelhecida está a aumentar. Aumento este que também poderá ser explicado com a descida da taxa de natalidade e com o aumento da esperança média de vida das pessoas, pois vivem cada vez mais tempo.


Gráfico 3 – Variações de população por grupos etários entre 1991 e 2001

Referente, às variações da população por grupos etários entre 1991 e 2001 concluímos que o maior grupo etário é o da população com mais de 65 anos, demonstrando assim uma população envelhecida no concelho de Esposende. (vulnerabilidade/dependência)

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